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Colite ulcerosa é uma doença crónica que causa inflamação e úlceras no cólon e no reto. Os principais sintomas da doença ativa são dor abdominal e diarreia com presença de sangue. Entre outros possíveis sintomas estão perda de peso, febre e anemia. Em muitos casos os sintomas manifestam-se gradualmente e podem variar de ligeiros a graves. Geralmente os sintomas manifestam-se de forma alternada com períodos sem sintomas. Entre as possíveis complicações estão o megacólon, inflamações dos olhos, articulações ou fígado, e cancro do cólon.
Desconhecem-se as causas da doença. As teorias apontam para o envolvimento de causas autoimunes, genéticas, alterações na flora intestinal e fatores ambientais. A doença é mais comum em países desenvolvidos, o que leva alguns investigadores a propor que possa ser o resultado de menor exposição a infeções intestinais ou à dieta e estilo de vida Ocidentais. A remoção do apêndice durante a infância pode oferecer alguma proteção. O diagnóstico é geralmente realizado com colonoscopia e biópsia. A colite ulcerosa é um tipo de doença inflamatória do intestino, a par da doença de Crohn e colite microscópica.
Algumas alterações na dieta podem aliviar os sintomas, como a adoção de uma dieta rica em calorias ou dieta isenta de lactose. No tratamento dos sintomas e remissão da doença são usados vários medicamentos, como a sulfassalazina, mesalazina, esteroides, imunossupressores como a azatioprina ou terapêutica biológica da doença inflamatória do intestino. Nos casos mais graves, em que a doença não responde ao tratamento ou quando surgem complicações como cancro do cólon, pode ser necessária a remoção cirúrgica do cólon. A remoção do cólon e do reto pode curar a doença. Com tratamento adequado, a mortalidade aparenta ser idêntica à da população em geral.
Em conjunto, a doença de Crohn e a colite ulcerosa afetavam cerca de 11,2 milhões de pessoas em 2015. A cada ano registam-se 1–20 novos casos por cada 100 000 pessoas, sendo afetados 5–500 por cada 100 000 indivíduos. A doença é mais comum na Europa e na América do Norte do que no resto do mundo. Na maior parte dos casos a colite ulcerosa tem início entre os 15 e 30 anos de idade ou em pessoas com mais de 60 anos. A doença aparenta afetar homens e mulheres em igual proporção. A frequência tem vindo a aumentar desde a década de 1950. A primeira descrição da doença foi feita na década de 1850.